O Lucro Real e Lucro Presumido são 2 dos principais regimes tributários do Brasil, junto ao Simples Nacional que fecha a lista das 3 possíveis opções para as empresas.
Apesar de não termos uma variedade de opções, é muito comum que empresas por todo o país passem por dificuldades na hora de escolher qual será o regime de tributação ideal para elas.
Isso se deve ao fato de que cada um é cercado por diferentes normas legais a serem seguidas, o que pode gerar dúvidas para os empreendedores. Afinal, qual o tipo de regime é ideal para a sua empresa?
No nosso novo artigo, vamos explicar melhor sobre os dois principais regimes tributários: Lucro Real x Lucro Presumido. Para entender este tema, confira nosso novo conteúdo abaixo e saiba mais.
Primeiramente, é importante entender que não existe uma unanimidade que defina qual regime tributário é melhor. Na verdade, tudo vai depender de qual opção resultará em uma menor carga tributária.
Dessa forma, é válido destacar que a escolha passa por uma análise interna de cada empresa, onde a mesma pode fazer os cálculos para simular o valor que deverá ser pago ao Fisco.
No entanto, para que essa simulação seja feita de maneira assertiva, torna-se essencial que o empreendedor saiba um pouco sobre as principais normas que regem o Lucro Real e Presumido. A partir deste conhecimento, é possível fazer uma simulação mais próxima da realidade.
Também é importante acabar com certos discursos clichês que não passam de Fake News, como o fato de que o Lucro Real pode ser negativo por trazer a fiscalização para a empresa, o que não é verdade.
Por isso, abaixo, vamos explicar melhor sobre a funcionalidade de cada regime tributário para ajudar você a escolher o que melhor se encaixa na realidade da sua empresa.
O Lucro Presumido, por exemplo, é visto como um regime mais simplificado por ter a base de cálculo pré-determinada e que varia em função da atividade da empresa sobre seu faturamento.
Neste caso, a base de cálculo normalmente é de 8% para o setor comercial e 32% para a prestação de serviços, independente da natureza.
Para citar um exemplo, podemos falar de uma loja de roupas. Vamos supor que ela tenha um faturamento de R$1 milhão. Neste caso, 8% de 1 milhão daria o valor de R$80.000. A partir deste valor, será calculada a alíquota de 34% que dará o valor a ser pago ao fisco, de R$27.200.
Vale destacar que a alíquota é igual para os diferentes regimes citados no texto e, além disso, quando o assunto é PIS/Cofins, a empresa que optar pelo Lucro Presumido pagará o PIS/Cofins no regime cumulativo (3,65% do faturamento).
No caso do Lucro Real, a base de cálculo não é a mesma, o que leva a empresa a ter que fazer o levantamento a todo o momento. Nele, a empresa pega o faturamento e desconta as despesas (nem todas as despesas são consideradas e nem todas as receitas são tributadas).
Podendo ser dividido entre Lucro Real Anual e Trimestral, este regime costuma dar mais flexibilidade para as empresas conseguirem arcar com o pagamento dos impostos. No entanto, é visto como um dos mais complexos.
Podemos citar o mesmo exemplo da loja de roupas, como fizemos acima. Se o faturamento da loja é R$1 milhão e as despesas chegam a R$200 mil, o lucro final é de R$800 mil. Este valor será calculado junto a alíquota de 34%, dando o valor de R$272 mil.
No caso do PIS/Cofins, a escolha do Lucro Real gera o pagamento do PIS/Cofins baseado em 9,25% do valor agregado.
No final das contas, qual regime tributário será melhor para a loja de roupas? De acordo com os cálculos que fizemos, o Lucro Presumido gera uma tributação de R$27.200, enquanto o Lucro Real gera a carga tributária de R$272 mil.
Fica claro que, no estudo de caso em questão, a loja de roupas deve optar pelo Lucro Presumido. No entanto, esta não é uma regra geral para todas as lojas. É importante fazer um estudo interno, ver o faturamento e entender a funcionalidade dos diferentes regimes tributários.
Não é como uma receita de bolo. Poder contar com profissionais contábeis e especialistas em tributação também pode ajudar você a escolher a melhor maneira de lidar com as obrigações tributárias da sua empresa.
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